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Better Call Saul: "Talk" 4x04 [Review]


Vocês queriam que eu falasse. Falei.

É a primeira frase do episódio, dita por Mike, após seu início ter sido mostrado no passado, por volta da década de 70. Mike e seu filho Matt foram figuras desse Flashback, que serviu para inserir novamente sua família na série. 

Não houve nada de tão importante nesse núcleo, apenas o início de algo que poderá render na série. O personagem Henry, o pilantra desmascarado por Mike, é vivido por um ator experiente, Marc Evan Jackson, que deverá voltar à temporada. Essa reunião na igreja, com Mike bufando de raiva, serviu pra ilustrar mais uma vez a sua perspicácia, que também, demonstrada na última cena do episódio.

Ele é muito bom em ler as pessoas e Gus o admira muito por isso. Chegou chegando, mandando parar com aquela palhaçada, com aquele teatro, e indo direto ao assunto: "Pare de me testar e diga logo o trabalho". Que grande personagem. Grande Mike.


Mas antes disso, Gus teve que terminar seu plano com os Salamancas e tudo aconteceu conforme o esperado. Claro que não iria ter nenhum embate entre ele e os primos, pelo o que sabemos deles em Breaking Bad. Alguém tinha que pagar o pato, óbvio, e Gus armou para que os Espinosas pagassem. Ele resolveu dois problemas de uma vez só: ganhou mais território e dispersou os Salamancas.

Uma ótima sequência com cenas de ação, muitos tiros e sangue sendo jorrado. A tensão esteve alta, mesmo sabendo que os primos e Nacho não irão morrer em Better Call Saul.

Quanto a Nacho, preciso dizer: ele foi mencionado por Saul Goodman em Breaking Bad, no episódio "Better Call Saul" 2x08, quando ele estava sendo "enquadrado" por Walter e Jesse. "Ignácio", que vimos em Better Call Saul se tratar de Nacho. Sendo assim, ele não vai morrer em Better Call Saul, não nessa timeline. Mas como a série se passa também no futuro e temos confirmações que veremos também a linha de tempo de Breaking Bad nessa temporada, tudo é possível.

Veja abaixo a menção de Nacho em Breaking Bad.


Mas a série é de Saul/Jimmy/Gene e até agora não o mencionei. Simplesmente pelo fato de seu núcleo não está se desenvolvendo tanto. Jimmy recusou um emprego e depois acabou aceitando por vergonha de Kim. Sabemos que ele não vai durar muito vendendo celular, mas não vai ficar lá apenas jogando bolinha. Deu um upgrade no marketing da loja mas a iniciativa só foi inserida para que ele pudesse se encontrar com Ira, seu parceiro de crime do último episódio. Serviu pra confirmar que tudo deu certo com a venda do objeto.

Kim também não empolgou tanto, esteve "passeando" no tribunal, como se estivesse "procurando emprego". O próprio juiz de plantão ficou incomodado, mas ela pouco se importou. O núcleo de Kim e Jimmy nesse episódio serviu mesmo para preparar a cama para os próximos acontecimentos do que qualquer outra coisa.


E aquela sensação de "quero mais" ainda persiste. É até angustiante quando o episódio acaba e fica aquele vazio à espera do próximo. Mas isso é muito bom, poucas séries hoje em dia trazem esse sentimento, que deveria ser obrigatório para qualquer produção. Felizmente, Better Call Saul faz isso muito bem.

3 comentários:

  1. A série parece aquelas comidas gourmet, que devem ser apreciadas aos poucos, por mais que dê vontade de comer tudo de uma vez enchendo a boca, mas coisas boas e finas devem ser degustadas devagar mesmo, que série!

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  2. Realmente no final da sua review você disse que hoje são poucas series que trazem esse sentimento de querer o próximo, já que a Netflix tem essa ideia de lançar tudo de uma vez, acaba que tira da graça de você aguardar, criar teorias, criar ansiedade.
    Enquanto tudo de uma vez você fica no máximo umas 2 semanas consumindo do conteúdo, do outro lado você fica uns 6 meses se deliciando do material!

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