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Diretor Revela Curiosidades da Produção de "Confessions" 5x11

Com spoilers para quem não viu "Confessions" 5x11

Não é de hoje que a produção cinematográfica de Breaking Bad é elogiada, e muito desse sensacional trabalho se deve ao diretor de fotografia Michael Slovis, que assumiu a direção geral de "Confessions", episódio que muitos consideram entre os melhores da série.

A série é filmada em película (fabricado em rolos maiores, permitindo filmagens mais longas) em um ritmo que nunca iria dar certo na TV aberta, e cada episódio parece incluir pelo menos uma sequência filmada a partir da perspectiva de um objeto, como ralo da pia, fundo de um skate, um caldeirão de cozimento de metanfetamina, entre outros.

Michael Slovis é diretor de fotografia de Breaking Bad desde a segunda temporada, e é o homem responsável por configurar os takes. Ele também trabalha em estreita colaboração com Vince Gilligan, escolhendo locais conjuntos de design e determina a aparência geral da série. Slovis dirigiu quatro episódios de Breaking Bad, incluindo "Confessions", e ele compartilhou alguns segredos por trás das cenas com  o Huffington Post, em uma entrevista por telefone esta semana.

Abaixo o site listou seis momentos do episódio destacados por Michael Slovis, onde exibe curiosidades de algumas das cenas do episódio.


Nessa cena vimos Walter correndo para o lava-jato, com medo de que Jesse pudesse estar lá, para depois retomar posse de sua arma "congelada".

Slovis revela que o motorista do carro era um dublê. Cranston esconde atrás de uma coluna esperando o dublê sair de cena pelo outro lado para poder adentrar ao estabelecimento.


Quando assistimos a "confissão" de Walter, poderíamos ter nos perguntado o porque eles não usaram um smartphone ou uma câmera mais moderna.

Slovis diz que a câmera com o visor permitiu-lhes fazer um take onde puxam a imagem para trás e adicionam um foco. Vemos Walt fora de foco em segundo plano e em foco nessa tela. Não existe muitas câmeras onde teríamos sido capazes de fazer esse movimento e fazê-lo de maneira tão elegante. Além disso, Walter e Skyler não são tão modernos. Walter mantem um laboratório de metanfetamina limpo, mas quando você olha para a sua casa, é como se fosse a casa de sua mãe. Tudo é um pouco datado, completa.


O diretor escolheu um novo local no deserto para gravar a cena onde vimos Walt, Saul e Jesse conversando sobre o futuro do jovem. Slovis diz que fazia muito frio naquele momento, em torno de 4 graus, como dá pra perceber na respiração de Aaron Paul. Atrás das câmeras estavam todos vestindo coletes e chapéus, além de aquecedores. Aaron, Bob e Bryan não reclamaram. Slovis disse que aquela cena demorou cerca de seis horas para ser gravada.


E essa temperatura influiu no re-aparecimento de nossa amiga, a Tarântula. A Aranha hiberna quando está frio, e aquela temperatura poderia matá-la. A tarântula estava sendo mantida quente em uma caixa e eles estavam apenas esperando um bom momento para que ela entrasse em cena.


Na cena em que vimos Jesse descobrindo o sumiço de sua maconha, com blocos de concreto no fundo, principalmente vistos em campo aberto, foi feito para que parecesse lápides de cemitério, mas não que isso tenha sido feito para significar algo que possa acontecer. O local é uma barragem, na base de um arroio, e é usado para diminuir a água que desce da montanha quando chega as chuvas durante a estação das monções, em Albuquerque. Escolhido porque eles se parecem com lápides, mas porque também é símbolo da cidade.


Já na impactante cena final, Slovis diz que não poderia deixar de filmar um take do ponto de vista de algum objeto, como é marca da série. O diretor diz que após Jesse descobrir a culpa de Walter pelo envenenamento de Brock (olha ele confirmando!), ele usou não porque era legal, mas foi necessário para demonstrar o perigo que Jesse estava ocasionando, letras grandes com a escrita "DANGER GASOLINE" preenchendo o quadro, além da cor vermelha que indica "Perigo", fazendo todo sentido para ele.

Breaking Bad pode ser um programa de TV, mas sempre meticulosamente construído. Mas mesmo assim, no final do dia, ainda é um programa de TV. Slovis diz que fazem o melhor que podem para criar arte, mas a verdade é que, ao contrário de filmes, estão com muita sorte para conseguir realizar esse trabalho em curto espaço de tempo, ainda mais com o dinheiro que é dado.

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